ABATER JUMENTOS FOI ADOTADO PELO GOVERNO BAIANO PARA TENTAR REDUZIR A QUANTIDADE DE ANIMAIS SOLTOS NAS RODOVIAS E DIMINUIR ACIDENTES.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, 7.747 animais, incluindo jumentos, foram apreendidos de 2012 até este mês na Bahia. Desde 2014, foram 660 acidentes envolvendo animais, com 28 mortos. Já a Polícia Rodoviária Estadual contabiliza 2.809 acidentes com bichos desde 2012, com 67 mortos.
Desde o início de julho, ao menos 300 jumentos chegaram a ser mortos no frigorífico de Miguel Calmon, a 370 km de Salvador. A meta (meta?) seria abater 2.000 até outubro. O abate foi regulamentado por portaria estadual, em junho, semelhante ao realizado com bovinos. A maioria vem de apreensão nas rodovias, mas há os adquiridos com criadores no Estado.
O governo pretende obter 200 toneladas de produtos, classificando de “produto não destinado à alimentação humana” e “rígido controle na armazenagem e distribuição“. A carne é doada para um zoológico de Salvador e o couro exportado para a China. O resíduo restante é transformado em ração animal.
Mas porque está acontecendo isso com os jumentinhos?
Antigamente os jumentos ajudavam no campo e serviam de montaria, mas nos últimos anos perderam boa parte da utilidade para motos e outras máquinas, sendo largados à própria sorte. Outro fator para o abandono é a seca, agravada nos últimos anos. Na Bahia, 72 dos 417 municípios estão em estado de emergência por causa da estiagem deste ano.
“O abate é uma nova possibilidade de mercado para a Bahia. Atrairá capital estrangeiro para investir no melhoramento genético desses animais, historicamente abandonados”, diz o gerente do Frigocezar, Israel Augusto.
Curiosamente, em 2015, durante uma missão na China, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu uma demanda inusitada de um empresário. O investidor disse ter interesse em importar 1 milhão de jumentos por ano.
O jumento que sobra aqui faz falta lá!!
Fonte: Giro de Quinta.
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